quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cerveja Barata

Como prometido, um post clássico, um dos mais divertidos de escrever, de épocas antigas do blog:

Pode ter ratos, pode ter barata, e a garçonete pode ser travesti. Que nunca limpem o banheiro, nunca puxem a descarga e os cachaceiros passem o dia inteiro ali. Mas a cerveja barata, cerveja barata.

- Rock Rocket - Cerveja Barata

Sabe como é, né? Quem adora uma gelada e sempre está com a grana contada na carteira, como eu, já passou por alguma aventura em busca de cerveja barata algum dia. O lugar pode ser tão limpo quanto um banheiro de estádio de futebol em dia de jogo do Flamengo, se a cerveja for barata é o que importa.

Ontem eu fui pra o show que teve na Praça do Coqueiral em Mangabeira. Nunca tinha ido lá, mas sabia que o ambiente não era nem um pouco familiar, mas cheguei lá e estava aparentemente tranquilo e fiquei à vontade. Até que resolvemos tomar uma cerva.

Uma coisa eu descobri, você só sabe o quão underground um local é quando vai atrás de uma cerveja no boteco mais barato dali. Tinha aquele pessoal vendendo latinha com o isopor, mas tava caro. Então saimos em busca de uma cerveja mais barata.

Quanto mais nos afastávamos da praça mais cavernosa ia ficando nossa aventura. Comecei a calcular as chances de voltarmos sem um dedo da mão ou na melhor das hipóteses sem a carteira. Tinha muita gente no meio da rua, um espreme-espreme da porra e minha mão não saía de cima do bolso da carteira.

Até que avistamos uma placa "CERVEJA LATA R$ 1,30". Só que tinha uma pequeno problema, uma roda de forrozeiros bêbados dançando, ao lado de um carro com a mala aberta, com o som num volume com três vezes mais decibéis que um Boeing decolando na rua da sua casa. Sentindo como se estivessemos indo pra a forca, respiramos fundo e fomos adiante, fazendo cara de mal.

Até que conseguimos passar e chegar no boteco. Compramos nossas cervejas e o cara lá tava demorando pra entregar o troco. Tava um calor infernal ali dentro, deu vontade de abrir o freezer e ficar do lado. Mas o cara catou umas moedas e deu nosso troco. O mais engraçado foi que ele entregou na mão do Pig, o meu amigo, aquele monte de moedas, deu uma batidinha no ombro dele e disse "Vá lá garotão!".

Fizemos todo o percurso de volta orgulhosos de ter conseguido economizar uns centavos e principalmente ter voltado são e salvo de lá.

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